quinta-feira, 20 de março de 2014

Ultrassom morfológico: entenda esse exame na gravidez

Ultrassom morfológico: entenda esse exame na gravidez

Muito importante no pré-natal, esse tipo de ultrassom ajuda a detectar malformações do feto e síndromes. Mas, como nem tudo é perfeito, ele também faz soar alarmes falsos. Saiba o que esperar

Por Cida de Oliveira - atualizada em 11/12/2013 12h33
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ultrassom; gravidez (Foto: Thinkstock)

Giovanna foi informada na gravidez que o filho poderia ter Down, mas Luigi, 6 meses, nasceu sem a síndrome (Foto: Raoni Maddalena / Editora Globo)
A chegada de Luigi, hoje com 6 meses, trouxe não só alegria, como alívio à mãe, a paulistana Giovanna Mingrone, 31 anos. Durante a gravidez, o primeiro ultrassom morfológico apontou que seu filho poderia ter síndrome de Down. A medida da translucência nucal do bebê, um parâmetro que indica um risco maior para síndromes genéticas, estava no limite da normalidade. “Meu marido e eu ficamos apreensivos. Como seria a vida que poderíamos oferecer ao bebê? Seríamos capazes de dar atenção especial? Embora fosse minha segunda gravidez, me sentia como mãe de primeira viagem”, diz. O alívio veio com o nascimento de Luigi sem nenhuma síndrome. Mas o susto gerou reflexos. Giovanna atribui a ele a depressão pós-parto que teve – ela faz terapia até hoje. “Fiquei muitos dias só pensando naquele diagnóstico, naquela possibilidade.”

Ela não foi a primeira e nem será a última gestante cujo ultrassom morfológico revelará algum dado distorcido. O exame, que é empregado para detectar possíveis alterações congênitas, como a malformação do cérebro e hidrocefalia (acúmulo de líquido na cavidade craniana), além de problemas genéticos e cromossômicos, como a síndrome de Down, está longe de ser 100% preciso. É importante tentar manter a calma ao receber o resultado – porque pode mesmo não ser nada. O ideal é sempre fazer o ultrassom acompanhada e ligar para o obstetra em caso de dúvidas.
Realizado no primeiro trimestre, entre a 11ª e a 14ª semana, e no segundo, entre a 18ª e a 24ª, esse exame avalia diversas estruturas – daí o nome morfológico. No primeiro, tem índice de acerto de cerca de 70%. No segundo, quando o feto já está bem desenvolvido, com os contornos mais definidos, a confiabilidade chega a 90%, conforme o Colégio Brasileiro de Radiologia.

É por isso que, no início da gestação, o especialista pode fazer uma leitura equivocada do sexo do bebê, como aconteceu com a funcionária pública Aline Bergamo, 31 anos, mãe de Maria Clara, 5, de Santos (SP). Ao fazer seu primeiro morfológico, ela foi informada de que daria à luz um menino. “Só mais tarde, no sexto mês, eu soube que seria uma menina. Na época, o enxoval predominantemente verde já estava pronto e achei prudente pintar o quarto só depois do parto”, diverte-se Aline.

Como o ultrassom comum, o morfológico não utiliza radiação para formar a imagem projetada no monitor. Por via vaginal ou transabdominal, o aparelho emite ondas sonoras em alta frequência que chegam ao interior do útero. Os sons ecoados são convertidos em imagens, que mostram os contornos da região selecionada. O procedimento costuma ser realizado em meia hora e as imagens podem ser copiadas em DVD, o que faz sucesso entre as famílias. É um exame confiável, mas sujeito a problemas de interpretação.

“Além das próprias limitações técnicas inerentes a qualquer exame, muitos equipamentos podem estar desregulados, o que requer atenção das autoridades de saúde. Sem contar que os profissionais que operam os aparelhos nem sempre são capacitados adequadamente”, aponta a ginecologista e obstetra Maria Helena Bastos, da Fundação Oswaldo Cruz (RJ). “Como consequência, o risco aumentado para possíveis problemas pode ser interpretado como diagnóstico fechado, trazendo muito transtorno para as grávidas e seus familiares”, conclui.

A médica, que participa de um levantamento sobre partos no Brasil, financiado pelo Ministério da Saúde, alerta que, ao sugerir alterações que não existem ou que não são realmente graves, o exame, muitas vezes, leva à antecipação de cesarianas quando o bebê tem tudo para nascer de parto normal, na hora certa. E o nascimento prematuro, esse, sim, pode representar perigo para a saúde – no Brasil, nascem por ano 330 mil crianças antes do tempo. Um exemplo de precipitação, segundo Maria Helena, é quando o médico detecta a chamada circular de cordão umbilical. Embora seja assustadora a ideia de o pescoço da criança estar enrolado, isso não representa risco real. “O cordão é elástico, envolto por uma geleia, incapaz de estrangular”, garante ela.
Conduta profissional
Apesar de todo o avanço tecnológico – e da vontade de ser mãe – nem toda gestação evolui da maneira esperada. Sempre existe a possibilidade de haver intercorrências e até perdas. De acordo com o Código de Ética Médica, esses imprevistos devem ser comunicados ao obstetra e não à gestante. Na prática, não é o que acontece. “O ultrassonografista não deveria mostrar e explicar cada detalhe à grávida e ao seu acompanhante – que é sempre bem-vindo. Mas, na maioria das vezes, acaba fazendo isso”, diz o médico Renato Ximenes, membro da Comissão Nacional de Qualidade em Ultrassonografia do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). De acordo com ele, a maioria dos médicos tem a conduta de contar à paciente o que acontece e orientá-la a procurar seu médico o quanto antes. “Mas é preciso também que ele avise o obstetra”, recomenda.
Risco relativo
A especialista em medicina fetal Denise Pedreira, do Hospital Samaritano (SP), acrescenta que a sensibilidade do morfológico para flagrar anomalias depende também de outros fatores, como tipo do aparelho, idade gestacional, peso da gestante, quantidade de líquido amniótico, posição e número de fetos. “Precisa ficar claro que o morfológico só serve como alerta de risco, mas não como confirmação. Por isso, não se pode acusar um erro no exame quando outros subsequentes não confirmarem o achado inicial”, ressalta Denise. E ela brinca: “Se há erro, é o de assustar a grávida”.

Foi o que aconteceu com Jéssica Appolinário Franco, 27 anos, em maio passado, quando deu à luz Pietro. Uma alteração cromossômica detectada durante o ultrassom morfológico não se confirmou. “Vivi tempos difíceis a partir da notícia de que meu bebê tinha síndrome de Down. Foram muitas orações em família e pesquisas frequentes para me preparar para cuidar de uma criança tão especial”, lembra ela. “Apesar de o obstetra sempre enfatizar que o melhor seria esperar pelo nascimento do Pietro, jamais desconfiei de que tais informações pudessem estar equivocadas. Afinal, eu tinha feito os exames em uma clínica de referência”, acrescenta.

No primeiro morfológico, a translucência nucal (TN) é o principal indicador para o risco de alterações, malformações ou síndromes, como a de Down, mas tem cerca de 5% de probabilidade de apresentar um resultado falso positivo. Esse parâmetro mede o acúmulo de líquido na nuca, comum a todos os fetos entre a 11ª e a 14ª semana de gestação. Se a medida estiver além do esperado, maior é o risco de a criança apresentar não só os problemas já mencionados como infecções congênitas.

O risco é calculado de maneira individualizada, levando em conta não só a TN como a idade materna, a idade gestacional e o histórico familiar, entre outros fatores. Mas o exame não fornece informações quanto à constituição genética do feto. A confirmação para a suspeita de Down na gestação, por exemplo, só é feita com a análise das células fetais em exames mais invasivos, chamados biópsia de vilo corial (BVC) e amniocentese. Esses procedimentos, porém, oferecem risco de morte para o bebê: em torno de 1% na amniocentese clássica e de 2% na BVC. Por isso, vale discutir com o especialista sobre a necessidade real de se submeter a esses procedimentos.
Mais precisão
No momento do segundo morfológico, os órgãos do bebê estão mais bem definidos, o que aumenta a precisão do diagnóstico de malformações da coluna vertebral, mãos, pés, face, diafragma e coração. O procedimento também consegue avaliar melhor outras estruturas, como calota craniana, cérebro, tórax, estômago e rins, além dos membros e da genitália, só para citar alguns.

Quando a probabilidade de anomalias congênitas é mais alta, o médico geralmente solicita exames detalhados das estruturas anatômicas do feto, incluindo todos os ossos longos e o sistema cardiovascular. Se o ultrassom acusar problemas no coração, é indicada uma reavaliação por meio de um teste de imagem chamado ecocardiografia fetal, realizado por cardiologista pediátrico, que deverá passar a monitorar a gestação ou até mesmo transferir a grávida para centros referenciados de atenção, para acompanhamento.

“O mais importante, em momentos como esses, em que o inesperado pode acontecer, é a mulher se sentir acolhida, encorajada a enfrentar as intercorrências e até mesmo a vencer o medo e o trauma, em caso de possíveis perdas”, diz a psicóloga Maria de Fátima Rezende, do serviço de psicologia obstétrica da Unifesp. E ela conclui: “O fundamental é dar suporte para que a gestante não perca, de jeito nenhum, as esperanças.”
Solução dentro do útero
A pedagoga Oladiane Werner, 33 anos, mãe de Igor, 5 meses, e a bióloga Lidiane Ubaldino, 35, mãe de Joaquim, 2 meses, vivenciaram um drama em comum. Para elas, o ultrassom morfológico trouxe mais do que um susto: a pista de que havia uma malformação grave nos bebês, que acabou sendo confirmada por outros exames. Eles tinham meningomielocele ou espinha bífida, que é a exposição da medula espinhal ao líquido amniótico, devido a uma falha na formação dos ossos e estruturas que deveriam cobri-la. Como ocorrem danos aos nervos, as sequelas são graves, incluindo paralisia e hidrocefalia.

A boa notícia é que essas consequências podem ser evitadas com um procedimento cirúrgico até a 27ª semana de gestação, que fecha a abertura. Oladiane e Lidiane encararam cirurgias bem-sucedidas, que corrigiram o problema em seus bebês e eles provavelmente não terão sequelas graves.

Cada vez mais avançada, a medicina fetal permite intervenções cirúrgicas ainda dentro do útero materno, aumentando as chances de uma vida saudável. “Hoje podemos contar com a cirurgia endoscópica para corrigir algumas malformações”, explica Denise Pedreira, do Hospital Samaritano (SP), que operou os fetos de Oladiane e Lidiane com uma técnica que ela própria desenvolveu. Trata-se da inserção de uma película protetora na medula, com auxílio de instrumentos cirúrgicos, por meio de pequenos furos na barriga da mãe.

quarta-feira, 19 de março de 2014

nova descoberta.sobre recen nascidos

Uma unidade neonatal onde a choradeira foi substituída pela tranquilidade.
Esse é o resultado de uma experiência iniciada há três meses no Hospital Universitário de Maringá (HUM), no Noroeste do estado. Os recém-nascidos prematuros ou abaixo do peso ideal são colocados em redes, instaladas dentro das incubadoras. Além de acalmar os bebês, o método está ajudando no desenvolvimento das crianças.

A ideia surgiu da auxiliar de enfermagem Isabel Leli, que não sabia mais o que fazer para acalmar os bebês que não paravam de chorar. “Tinha um em especial que chorava de mais. Ele estava há três meses internado, bem carente e exigia muita atenção. Eu estava tentando acalmá-lo dentro da incubadora, quando surgiu a ideia de suspender a criança. Utilizei uma faixa de canguru como rede e ela se acalmou imediatamente”, diz.

Após a experiência, Isabel descobriu que o modelo já vinha sendo adotado em outros hospitais do país, principalmente na região Nordeste. Segundo a auxiliar de enfermagem, a criança se acalma porque a rede simula o espaço intrauterino da mãe. “Quando o bebê nasce, ele sofre um trauma, pois deixa um espaço onde está aconchegado e se sentindo seguro. A rede passa a sensação de um espaço com limites, que acalma o bebê”, explica.

Isabel usou as redes para as outras crianças prematuras da unidade. Costureiras do hospital foram chamadas para confeccionar materiais sob medida para as incubadoras. As “redes neonatais” do HUM são feitas com pedaço de corda e flanela, um tecido que não irrita a pele dos bebês. “Não existe contraindicação. Todos os bebês estáveis podem se beneficiar do método e se sentir em ‘casa’ novamente”, comenta a médica pediatra Maria Cássia Barros.

Acelerando a recuperação
Tradicionalmente associada a uma imagem de descanso e lazer, a rede adquiriu a função de recuperar. Além de acalmar os bebês, o método permite que as crianças deixem o hospital mais rapidamente. “Geralmente, os prematuros são mais irritados. Como a rede deixa as crianças mais calmas, o gasto energético delas diminui. Poupando energia, elas ganham peso e se desenvolvem mais depressa”, explica a enfermeira Edilaine Freitas.

PROBLEMAS DA FALA NA CRIANÇA

PROBLEMAS DA FALA NA CRIANÇA

Rejane Rubino é fonoaudióloga e professora do curso de Fonoaudiologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Os pais olham os filhos sempre com muito orgulho. Na maioria das vezes, acham que eles têm desenvolvimento mais rápido e são mais espertos do que o das outras crianças. Mas, quando o filho apresenta alguma dificuldade para falar ou desenvolve essa habilidade mais lentamente, ficam ansiosos. Se essa ansiedade não é boa para eles, é péssima para a criança que aí, sim, poderá apresentar problemas em relação à fala.
O ser humano demora alguns anos para dominar perfeitamente o mecanismo da fala. Alguns o fazem mais depressa; outros, mais devagar. Não existe data precisa para determinar a normalidade desse processo que envolve uma série de aspectos orgânicos e psíquicos. Qualquer dúvida que surja a respeito do desenvolvimento da fala na criança deve ser esclarecida para evitar o agravamento da situação.
DESENVOLVIMENTO NORMAL DA FALA
Drauzio – Qual é o desenvolvimento normal da fala na criança, das primeiras sílabas até a formação de frases completas?
Rejane Rubino – Em termos de tempo, existe uma variabilidade muito grande. Aquilo que se considera normal não pode ser demarcado por um ponto fixo, mas por algo que comporta variação. Pesquisas mostram, por exemplo, que uma criança de 16 meses pode falar 150 palavras, enquanto outra da mesma idade não fala nenhuma palavra ainda, o que não significa que esta última apresente um problema de linguagem, porque a questão do tempo variável tem peso significativo.
É importante notar que inicialmente a criança produz vocalizações que são tomadas pela mãe e pelo pai como fala, quer dizer, a criança é interpretada como se fosse um falante antes mesmo de começar a falar.
Drauzio – Que tipo de vocalizações são essas?
Rejane Rubino – Essas vocalizações caracterizam-se pela emissão prolongada de uma vogal – aaaaa, por exemplo – ou até mesmo de sons que não serão produzidos mais tarde quando a criança for falante da língua. Depois, isso vai se transformando num balbucio que se caracteriza pela reduplicação de sílabas (babá, mamã), e que se aproxima da estrutura silábica da língua.
Drauzio – Essas reduplicações costumam ocorrer em que faixa etária?
Rejane Rubino – Elas estão presentes após os seis meses de idade. O importante é que o adulto vai tomá-las como palavras. Em geral, quando as mães dizem que o filho começou a falar porque nesse balbucio emitiu um som próximo de “mamã”, por exemplo, na verdade, ele ainda não está falando. No entanto, o fato de o adulto tomar aquilo como fala é fundamental para que ele venha a falar. A criança depende dessa interpretação para tornar-se um falante ativo.
Drauzio – Em que nível está a fala da criança com um ano aproximadamente?
Rejane Rubino – A partir dessa fala interpretativa que pai e mãe fazem, a criança vai tomando alguns fragmentos que irão reaparecer em situações parecidas às que foram faladas pelos pais. Portanto, a primeira fala tem natureza bastante imitativa. A criança repete fragmentos ditos pelo adulto que continua interpretando sua fala. Então, ela fala “nenê” e o adulto completa: “Você viu que nenê bonito?”. Esse movimento de tomar aquele pedacinho de fala e colocá-lo no contexto da língua imprime caráter gramatical à fala da criança. Esse processo de aquisição de uma gramática estruturada leva uns quatro anos, embora varie de uma criança para outra.
INTERFERÊNCIA DA ANSIEDADE PATERNA
Drauzio – Às vezes, os pais ficam aflitos porque a criança de um ano não fala e não sabem que isso pode fazer parte do desenvolvimento normal do filho, não é?
Rejane Rubino – Os pais, às vezes, comparam um filho com o outro e concluem que o mais velho na mesma idade já falava, embora nem sempre entendessem o que dizia, enquanto o menor não fala nada. Costumo dizer, quando isso é motivo de grande preocupação, que eles devem ser orientados, porque essa ansiedade pode dificultar ainda mais o processo da fala infantil, na medida em que passa para a criança a imagem de que deveria estar fazendo alguma coisa que ainda não consegue fazer.
Na clínica, é importante avaliar o modo como os pais falam sobre esse atraso. Às vezes, eles estabelecem relações entre essa demora para falar (que pode nem ser uma demora de fato) com outras histórias da vida da criança e da história deles mesmos. É importante trabalhar para que a ansiedade da família se dissipe e, se realmente houver um problema, começar o tratamento precocemente.
ORIENTAÇÃO AOS PAIS E CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO
Drauzio – Que tipo de conselhos você dá aos pais ansiosos e que critérios estabelece para diagnosticar um real problema de linguagem?
Rejane Rubino – Existem alguns fatores que precisam ser examinados. Muitas vezes a criança ainda não fala, mas mostra sinais de que a linguagem está se organizando dentro dela. Um exemplo é a maneira como ela brinca. Se não fala, mas pega uma boneca, coloca-a para dormir, tira-a da cama, finge que a alimenta e lhe dá banho, apesar do silêncio, a linguagem está presente. É como se houvesse uma espécie de narrativa, evidenciada por eventos encadeados. No entanto, se a criança não consegue estruturar uma brincadeira, pega um brinquedo e larga para pegar outro que também deixa de lado, os pais precisam ficar atentos a esse modo de reagir.
Outro fator a considerar é o efeito da fala do outro na criança. Se ela atende a fala de terceiros, não há motivo para maiores preocupações, o que não acontece quando reage como se nada do que ouvisse tocasse nela.
Há, então, elementos que se usam na avaliação de linguagem para diferenciar o atraso que requer atendimento da simples demora para falar, uma vez que é praticamente impossível fixar uma idade exata em que essa demora deixa de ser normal.
FALAR ERRADO
Drauzio – E aquelas crianças que falam de um jeito que só as mães entendem?
Rejane Rubino – Isso aponta para outro quadro que não é o atraso da linguagem. A troca de fonemas, por exemplo, que em fonoaudiologia é chamada de desvio fonológico ou distúrbio articulatório, é um desses casos. Em vez de falar “carro” a criança fala “calo”; em vez de “vaca”, fala “faca”. Além das trocas, pode ocorrer também a omissão de sons.
Embora esteja estabelecido que em torno dos quatro anos de idade a criança deva estar com o sistema de sons da língua adquirido e estabilizado, existe certa margem de variação dentro dos limites da normalidade.
Há pais que trazem a criança com essa idade, preocupados porque ela fala errado a ponto de as pessoas de fora não entenderem o que diz.  Isso demanda análise cuidadosa para verificar que sons a criança não produz ou troca por outros a fim de determinar a necessidade de atendimento ou de esperar mais um pouco, pois ela está em fase final de aquisição da linguagem. Por exemplo: ela já fala razoavelmente bem todos os sons da língua com exceção do r duplo e dos encontros consonantais (fala “Basil” em vez de “Brasil”), em geral os últimos a serem adquiridos. Entretanto, mesmo antes dos quatro anos, pode ocorrer uma desorganização nos sistema de sons que merece o cuidado precoce do fonoaudiólogo.
Drauzio – Você poderia dar um exemplo disso?
Rejane Rubino – Há crianças que omitem sistematicamente os fonemas oclusivos velares, o /k/ de “cola” e o /g/ de “gola” e isso lhes causa incômodo e sofrimento. Lembro-me de que atendi uma menina cujo apelido era Cacá. Quando lhe perguntavam qual era seu nome, ela dizia A-á. As pessoas não entendiam, perguntavam de novo, ela repetia, mas não se fazia entender. A impossibilidade de dizer o próprio nome de maneira inteligível perturbava suas relações sociais. Num caso como esse, indica-se o atendimento mesmo antes dos quatro anos para evitar constrangimentos para a criança.
Ela se chamava Carolina e produzir o fonema /k/ fez uma enorme diferença em sua vida. O dia em que saiu da sessão falando Cacá, estava exultante. É através da fala que as pessoas se apresentam para o mundo. Não poder pronunciar corretamente o próprio nome é algo angustiante para a criança.
GAGUEIRA OU DISFLUÊNCIA
Drauzio – Tenho a impressão de que existem menos crianças gagas atualmente. Estou errado?
Rejane Rubino – Não saberia esclarecer a questão da frequência da gagueira, mas acho que é importante chamar atenção para o seguinte: certo grau de disfluência, ou gagueira, é normal na fala de todos nós e, muitas vezes, nem nos damos conta dele. Em relação à infância, há uma disfluência da fala descrita como normal que faz parte do processo de aquisição da linguagem e tende a desaparecer sozinha. Isso está relacionado com o momento em que a criança passa a produzir as próprias sentenças e tem de escolher uma palavra depois da outra. É como se estivesse diante de várias portas e estancasse hesitando por qual caminho deverá seguir. Isso não é ruim e mostra um movimento da criança na própria aquisição da linguagem.
É claro que o grau de disfluência varia de criança para criança assim como varia a preocupação das famílias. É freqüente pais levarem o filho ainda pequeno que gagueja um pouco para uma consulta com o fonoaudiólogo porque temem que ele seja gago.
Diante de uma hesitação normal, é preciso alertar os pais de que, se a reação deles for tranqüila, o problema da criança vai sumir naturalmente. Por que é importante dizer isso? Porque o modo como os pais lidam com essa fala disfluente pode criar uma autoimagem de mau falante na criança e levá-la realmente à gagueira. Quando ela começa a falar e para e o adulto interfere com dicas sobre a melhor forma de falar sem gaguejar (“pense a sentença toda antes de falar”, “respire fundo”, “fale devagar”), está brecando a fala da criança e criando uma tensão que ainda não existia. Por isso, é importante que os pais busquem orientação sobre a melhor forma de lidar com a disfluência dos filhos para não agravar um quadro que pode passar naturalmente.
Drauzio – A partir de que idade, os pais devem preocupar-se com a gagueira dos filhos?
Rejane Rubino – Eu diria que a partir dos quatro anos, aproximando-se dos cinco, porque nesse momento a criança percebe a própria disfluência e a reação que provoca nos outros.
A gagueira normal tende a diminuir a partir dos três anos e não incomoda nem inibe a criança. O problema começa quando ela evita falar em certas situações ou com determinadas pessoas e se recusa a pronunciar algumas palavras. Isso mostra que está criando mecanismos na tentativa de escapar da disfluência, o que agrava mais ainda o problema.
AVALIAÇÃO DOS FONOAUDIÓLOGOS
Drauzio – Em que os fonoaudiólogos se baseiam para dizer que determinado comportamento em relação à fala é normal ou merece cuidados?
Rejane Rubino – Sempre se inicia por uma entrevista com os pais na qual colocam por que estão procurando atendimento e contam a história da criança. Num segundo momento, o contato é com a criança. Há profissionais que optam por aplicar testes. Eu prefiro sessões livres e lúdicas. O material é gravado, transcrito e analisado para levantar erros e dificuldades que possam estar cristalizados, sintomas de um distúrbio que a criança apresenta e precisa de ajuda para superar.
Drauzio – Esses erros costumam ser sistemáticos ou aleatórios?
Rejane Rubino – Os erros da fala costumam ser sistemáticos, não no sentido de que sejam fixos, mas no sentido de que mostram uma sistematicidade própria da linguagem. Por exemplo, a criança que fala “faca” em vez de “vaca” vai trocar todos os fonemas sonoros pelos surdos. Ela vai falar “cassa” em vez de “casa”, “cato” em vez de “gato”, etc., porque isso é uma lógica própria do sistema de sons da língua. Nesses casos, não se trabalha com os sons isoladamente, mas com a oposição de sons surdos e sonoros, mexendo com todo o sistema fonológico da criança.
Drauzio – Isso pressupõe uma avaliação bem cuidadosa, não é?
Rejane Rubino – Bem cuidadosa. É preciso descobrir que sons são trocados, qual a relação existente entre eles, além de analisar outros fatores para escolher o melhor caminho para trabalhar com aquela criança especificamente.
LÍNGUA PRESA, LÍNGUA SOLTA
Drauzio – E os casos de língua presa, como são encaminhados?
Rejane Rubino – Aquilo que popularmente chamamos de língua presa, nada tem a ver com língua presa mesmo. Recentemente, foi publicada uma reportagem dizendo que o presidente Lula não tem língua presa, tem língua solta. Na verdade, o que ele, assim como outras pessoas têm, é uma projeção frontal da língua, resultante da flacidez ou hipotonia desse órgão. O ceceio característico de sua fala é provocado pelo mau posicionamento da língua, quer dizer, ela não fica contida no espaço nem na posição correta para assegurar o tônus adequado.
A língua presa, em contrapartida, está afixada na boca por uma prega que limita seus movimentos. Um bebê com língua presa pode ter dificuldade para mamar no seio da mãe, por exemplo. Por isso, às vezes, é necessário fazer uma pequena incisão para liberar os movimentos linguais.
Drauzio – Existem exercícios para reduzir os efeitos da hipotonia da língua?

Rejane Rubino  – Existem, sim. Gostaria de ressaltar que o desenvolvimento da musculatura orofacial utilizada para a fala tem relação bastante próxima e forte com funções como sucção, mastigação, deglutição e respiração. Assim, o ideal seria o bebê mamar no seio materno, mas nem sempre isso é possível. Alimentado na mamadeira, é importante que ele faça força para sugar. Muitas vezes, preocupadas com o ganho de peso da criança, as mães cortam o bico e o leite jorra sem o bebê fazer esforço algum. Mesmo que o bico seja ortodôntico e o furo pequenininho, sugar no peito demanda força muito maior.
O movimento de sucção propicia o crescimento adequado das estruturas ósseas, das mandíbulas e desenvolve o tônus adequado da musculatura que vai ser empregada na fala.
O mesmo princípio deve ser observado na passagem para a alimentação sólida. Não é raro receber no consultório uma criança a quem a mãe só oferece alimentos macios e pastosos, apesar de já ter idade para aceitar a alimentação dos adultos. Às vezes, as pessoas perguntam: “Quer dizer que o modo como meu filho come interfere no modo como ele fala?”. Sim, interfere e muito.
Outro cuidado importante é observar como a criança respira. Se respira pela boca, é bom levá-la ao otorrino para uma avaliação, já que a respiração bucal pode estar relacionada com a flacidez da musculatura e língua mal posicionada.
APRENDENDO MAIS DE UMA LÍNGUA
Drauzio – Teoricamente, a criança nasce com uma circuitaria cerebral que permite aprender a falar qualquer uma das centenas de línguas que existem.
Rejane Rubino – Elas são capazes de produzir quaisquer sons, mesmo aqueles inimagináveis depois que aprendemos a falar uma língua.
Drauzio – E as crianças que têm pais de nacionalidades diferentes e aprendem duas línguas. Isso resulta em alguma desvantagem?
Rejane Rubino – Existem estudos que estabelecem certa relação entre a possibilidade de problemas de linguagem e o bilinguismo, mas já vi dezenas de crianças crescendo em situação bilíngue sem nenhum problema.
Alguns pais optam por colocar os filhos em escolas estrangeiras, porque acham vantajoso aprender mais de uma língua. Se a criança, porém, manifesta algum distúrbio de linguagem tal atitude pode provocar embaraços, uma vez que ela se vê diante de uma língua estranha quando nem domina a língua materna.

domingo, 16 de março de 2014

Como vou ter certeza de que o trabalho de parto começou?

Como vou ter certeza de que o trabalho de parto começou?

O trabalho de parto é diferente de mulher para mulher, e é impossível determinar exatamente quando ele começa. Não é algo repentino; são várias mudanças fisiológicas que acontecem ao mesmo tempo no seu corpo para fazer com que você dê à luz. 

Veja a seguir algumas coisas que podem ocorrer nas semanas ou dias que antecedem o trabalho de parto: 
  • Seu colo do útero ficará cada vez mais fino e macio (ou "apagado", como dizem os médicos) e dilatado -- até 10 centímetros. Isso é determinado pelo exame de toque feito pelo obstetra ou pela enfermeira. Mas pode haver dilatação sem que o trabalho de parto comece de verdade.
  • As contrações acontecem em intervalos regulares e cada vez mais curtos, ficando mais intensas conforme o tempo passa.

Muitas vezes, com a aproximação do trabalho de parto, as contrações podem ocorrer a cada 10 ou 20 minutos.
  • Você pode ter dor na região lombar das costas, muitas vezes acompanhada de uma cólica parecida com a pré-menstrual.
  • Você pode notar uma secreção de muco amarronzada ou com traços de sangue, o chamado "sinal". Se seu tampão de muco, que cobre o colo do útero, sair, o trabalho de parto pode ser iminente -- ou pode demorar mais uns bons dias. De qualquer jeito, é uma indicação de que as coisas estão caminhando.
  • Sua bolsa rompe. Mas você só estará em trabalho de parto se as contrações também estiverem presentes. Caso você não tenha contrações mesmo depois do rompimento da bolsa, você provavelmente terá que passar por uma indução ou uma cesariana depois de algumas horas, já que o bebê corre mais riscos de contrair uma infecção sem a proteção do saco amniótico contra germes.

Quando devo procurar o médico?

Você e seu médico já devem ter conversado sobre quando você deve avisá-lo se achar que está em trabalho de parto. Mesmo se você não tiver certeza, não fique com vergonha de ligar e perguntar. Os médicos estão acostumados com esse tipo de telefonema por parte de mulheres que não sabem ao certo se a hora está chegando e precisam de orientação -- faz parte do trabalho deles.

O mesmo vale para os profissionais de um posto de saúde ou hospital público. Saiba para onde deve ir na hora em que achar o bebê está para nascer.

E o fato é que o médico já consegue saber bastante coisa apenas pelo tom da sua voz, portanto esse tipo de comunicação só tem a acrescentar. Ele vai querer saber de quanto em quanto tempo as contrações estão acontecendo, se você consegue andar enquanto está tendo uma contração e todos os outros sintomas que você possa estar sentindo.

Alguns médicos pedem que a mulher tome um medicamento contra cólicas ou um banho morno, para ver se as contrações diminuem. No trabalho de parto verdadeiro, elas dificilmente diminuem com essas medidas.

Se sua bolsa estourar, ou se você desconfiar que está perdendo líquido amniótico, fale com o médico. 

Para saber se está ou não perdendo líquido amniótico, coloque um absorvente limpo e depois de meia hora observe se ele está seco, úmido ou encharcado. Essa informação será importante para o médico.

Procure auxílio se começar a ter contrações regulares antes de 37 semanas de gestações.

Também não deixe de avisar se você acha que o bebê está se mexendo menos que de costume (se não der nenhuma mexidinha em duas horas) ou se tiver algum sangramento vaginal (que não seja um pouco de muco com traços bem pequenos de sangue), ou se tiver febre, dor de cabeça muito forte, perturbações de visão ou dor abdominal.

O BabyCenter tem uma lista de outros sintomas da gravidez que você não deve ignorar, no caso de você estar preocupada com alguma outra coisa.

O que devo fazer no comecinho do trabalho de parto?

Isso depende de você, da hora do dia e do que você estiver sentindo. Procure se manter calma e relaxada para ajudar na evolução do seu trabalho de parto e das contrações. Faça o que for mais gostoso para ficar tranquila.

Alterne entre caminhadas e um pouco de descanso, ou tome uma chuveirada morna para aliviar o desconforto. O descanso é bom para poupar o corpo do trabalho que o espera. Coma ou beba alguma coisa leve se tiver fome, pois no hospital você pode ser colocada em jejum.

É possível ter contrações e não estar em trabalho de parto?

Sim. Você pode estar com o chamado falso trabalho de parto se seu colo do útero não estiver dilatando (o médico pode confirmar isso com um exame), se as contrações forem irregulares e não forem ficando cada vez mais fortes ou se a dor que você sente na barriga ou nas costas melhorar logo, com um banho morno ou uma massagem.

Não é nada impossível ter contrações por três dias seguidos e mesmo assim não estar oficialmente em trabalho de parto. Se as contrações vierem em intervalos de cinco minutos, depois sete, depois oito, depois cinco, depois oito de novo, é provável que o corpo esteja só treinando. Arme-se de paciência e acompanhe as contrações, até elas pegarem ritmo e força.

Dá para saber se o trabalho de parto vai acontecer logo?

Às vezes. Embora você não saiba de nada, seu corpo começa a se preparar para o parto cerca de um mês antes de o bebê nascer. Quando o trabalho de parto de verdade começa, em muitas mulheres o colo do útero já tinha começado há tempos a dilatar e afinar. Também são sinais da aproximação do trabalho de parto:
  • O bebê encaixa (a barriga fica mais baixa)
  • Aumento na secreção vaginal
  • Aparecimento de um "sinal" (uma secreção mucosa amarronzada ou com traços de sangue)
  • Contrações de treinamento mais frequentes e mais fáceis de notar


http://brasil.babycenter.com/a700418/como-vou-saber-se-estou-em-trabalho-de-parto#ixzz2wBbxQvti

quinta-feira, 13 de março de 2014

Veja a lista completa do enxoval perfeito para o bebê e para a mamãe

Câmera Record monta lista especial com itens obrigatórios e indispensáveis

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Um enxoval completo é uma mão na roda para a mamãe que acabou de ter seu bebê. Por isso, o Câmera Record montou a lista com todos os itens indispensáveis de um enxoval perfeito! (Foto: Maria Teijeiro/Getty Images)
Um enxoval completo é uma mão na roda para a mamãe que acabou de ter seu bebê. Por isso, o Câmera Record montou a lista com todos os itens indispensáveis de um enxoval perfeito! (Foto: Maria Teijeiro/Getty Images)

Roupas

Tamanho P (o tamanho RN veste bebês prematuros ou com menos de 3Kg. Para bebês com cerca de 3kg, a roupa tamanho P é a ideal):
_ 5 bodys com mangas curtas
_ 5 bodys com mangas longas
_ 8 culotes (calça ou mijão) com ou sem pé
_ 5 macacões manga comprida
_ 2 casaquinhos
_ 5 pares de meias
_ 2 mantas
_ 2 mantas leves
Em estações frias, acrescentar os itens abaixo:
_ 2 bodys de manga comprida
_ 5 macacões manga comprida soft ou plush
_ 2 gorros
_ 2 luvinhas
_ 3 roupinhas para passeio (para os meninos, agasalhos, para as meninas, agasalhos ou vestidos de manga longa com calça)
Em estações quentes, acrescentar os itens abaixo:
_ 2 bodys regata
_ 5 macacões com manga curta
_ 1 boné
_ 3 roupinhas para passeio (para os meninos, conjuntos de calça/bermuda com camiseta, para as meninas, vestidinhos)

Higiene e saúde

_ 12 paninhos de boca (algumas mamães preferem usar fraldas de pano e mandam bordar para ficarem mais fofas - cuidado para que os bordados sejam suaves e não machuquem o bebê)
_ 1 creme para prevenção de assaduras (verifique qual o seu pediatra recomenda)
_ 1 creme para tratamento de assaduras (verifique qual o seu pediatra recomenda)
_ 1 caixa de hastes flexíveis de algodão
_ 1 jogo de escova e pente de cabelo
_ 1 tesourinha de unha (existem algumas próprias para bebês, com as pontas arredondadas)
_ 1 frasco de álcool 70% (higiene do umbigo)
_ 2 pacotes de algodão bolinha (para o banho)
_ 2 pacotes de algodão quadradinho (para o bumbum)
_ 1 garrafa térmica para água aquecida
_ 1 potinho de acrílico ou plástico para colocar a água
_ 2 pacotes de lenços umedecidos (para quando sair com o bebê)
_ 1 sabonete neutro líquido
_ 1 shampoo neutro
_ 1 termômetro
_ 2 pacotes de fraldas descartáveis tamanho "RN" ou "P" de marcas diferentes (seu filho(a) pode apresentar alergia a alguma marca, é sempre bom ter outra ao alcance para emergências)
_ 1 cesto para roupas sujas
_ 1 trocador macio
_ 1 cesta ou bandeja para organizar os artigos da troca
_ 1 banheira (as com suporte são mais confortáveis na hora do banho e a tampa vira um trocador - muito útil para secar o bebê e colocar a roupa sem que ele sinta a friagem de outros ambientes)

Quarto

_ 1 berço (atenção para as grades, os vãos não podem ultrapassar 6cm)
_ 1 colchão densidade 18 (D18)
_ 1 cômoda que também possa ser usada como trocador
_ 1 luminária ou abajur com luz fraca
_ 1 móbile (é importante que a criança tenha muitos estímulos visuais e auditivos enquanto está acordada)
_ 1 lixeira com pedal
_ 1 babá eletrônica
_ 10 cabides

Roupas de cama e banho

_ 3 jogos de lençol
_ 1 cobertor ou edredom
_ 2 protetores de berço (existem Kits que já vem com edredom e trocador)
_ 4 toalhas com capuz(podem ser toalhas-fralda que facilitam para enxugar o bebê)

Passeios

_ 1 carrinho indicado para recém nascido
_ 1 bebê conforto para o carro (alguns carrinhos já são vendidos com o bebê conforto)
_ 1 bolsa com trocador
_ 1 canguru ou sling

Para a mamãe

_ 1 par de concha de silicone
_ 2 caixas de absorvente de algodão para os seios
_ 3 sutiãs de amamentação
_ 2 cintas ou calcinhas altas
+Itens que não são essenciais, mas algumas mamães utilizam:
_ Sapatinhos (são lindos, mas lembre-se que precisam ser muito confortáveis também)
_ Saída da maternidade (conjunto de roupa e manta para o dia que o bebê tem alta)
_ Almofada de amamentação (algumas mamães amam e não vivem sem, outras nunca usaram)
_ Lençóis para carrinho
_ Aquecedor de mamadeiras (micro-ondas ou fogão resolvem)
_ Esterilizador de mamadeiras (5 minutos na água fervente resolve)
_ Aspirador nasal
_ Óleos e loções higienizantes
_ Perfumes e colônias
_ Termômetro para banho
_ Mosquiteiro
_ Saia de berço
_ Travesseiro baixo
_ Extrator de leite (aguarde para comprar, talvez você não precise)
_ Potes para congelar leite materno
_ Moisés (cesto que, se não vier no carrinho, talvez não valha a pena comprar - porém algumas mamães usam nos primeiros meses para o bebê dormir ao lado de sua cama)
Para os itens desta sessão, consulte o pediatra antes de decidir pela compra:
_ Vaporizador
_ Inalador
_ Aquecedor de ambiente
_ Massageador de gengivas
_ Posicionador para dormir
_ Chupetas - porta-chupetas - prendedores de chupetas
Pode deixar para comprar quando o bebê estiver maior:
_ 4 babadores de tecido (quando os dentes começam a nascer, o bebê baba bastante)
_ 6 babadores para alimentação
_ Protetor solar (só pode usar após 6 meses de idade)

Alimentação:

O bebê deverá ser alimentado exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade.
_ 1 cadeirão
_ 1 conjunto de pratos
_ 1 jogo de talher infantil
_ 2 colheres infantis
_ 2 mamadeiras para leite
_ 2 mamadeiras para suco
_ 2 mamadeiras pequenas para água
_ 1 escova para limpeza de mamadeira
_ 1 bolsinha térmica para mamadeira
_ 8 potes para congelar papinhas
_ 1 espremedor de laranja
_ 1 coador pequeno para sucos
_ 1 peneira grande para papinhas