domingo, 9 de março de 2014

Qual é a idade certa para o bebê começar a andar? Especialista responde

Qual é a idade certa para o bebê começar a andar? Especialista responde

Quinta-feira, 04 de Outubro de 2012
A fisioterapeuta pediátrica Dra. Fernanda Davi responde à questão e esclarece demais dúvidas
Qual é a idade certa para o bebê começar a andar? Especialista respondeStock.XCHNG
Você que é mãe, pai ou responsável por alguma criança já deve ter feito essa pergunta: com quantos anos uma criança deve começar a andar? Mas antes se preocupar com possíveisatrasos no desenvolvimento motor de seu filho ou comparar a evolução dele com o de outros bebês, saiba que existe um intervalo considerado “normal” cujo especialistas procuram sempre alertar. “A criança pode começar a andar entre 10 meses e um ano e dois meses de idade. Isso não quer dizer que o primeiro seja mais esperto ou evoluído e o segundo sofra de algum atraso”, explica a fisioterapeuta pediátrica Dra. Fernanda Davi.
Nesta conversa com o DaquiDali, a especialista diz que avelocidade com que cada bebê inicia o processo de deslocamento não pode ser confundida com inteligência. “No primeiro ano de vida, do ponto de vista motor, a criança desenvolve tudo que será necessário para a vida adulta como sentar, andar, comer sozinho, agachar, subir e descer escadas, tomar líquidos fora da mamadeira ou correr. E tudo isso acontece naturalmente. Os pais não podem se deixar tomar pela ansiedade e estimular até estressar”.
Sinais motores
É importante que o adulto fique sempre atento à evolução dos movimentos dos pequenos. Se a criança senta mais tarde do que o esperado (em torno dos seis, sete meses), começa a engatinhar com um ano de vida e não gosta de ficar em pé por volta dos 10 meses, é sinal que ela pode, sim, estar com  um atraso, diz a fisioterapeuta. “São características que devem ser observadas. Além do que, se ela tiver uma lesão específica, por exemplo, uma musculatura mais rígida ou mais mole, também é sinal de que há algum comprometimento, um atraso motor”, ela diz.
Crianças prematuras
Diferentemente dos bebês que nascem de nove meses, os prematuros quase sempre andam mais tarde. “Nós sabemos que uma gestação dura em média cerca de 38 semanas. Aquela que nasce de 30, por exemplo, tem então uma diferença de oito semanas, isso seria mais ou menos dois meses. Se a gente espera que ela ande em até um ano e dois meses, esse bebê que nasceu antes vai andar em até um ano e quatro meses”, explica a fisioterapeuta.Crianças de baixo peso pode também apresentar certa demora no processo de locomoção e isso deve ser investigado, alerta Fernanda. “Talvez a mãe não tenha nutrido o filho adequadamente, causando então uma sequela neurológica”, acrescenta.   

Nada de afobação
É comum também pais forçarem para que seus filhos pulem etapas. “A criança precisa aprender primeiro a sustentar a cabeça e o tronco, depois então ela consegue sentar. Ao adquirir força tanto nos braços como nas perninhas, ela se sente capaz de “minhocar” e depois engatinhar. Aos poucos, mais segura, ela fica em pé, dá uns passos e anda. Se os pais procuram antecipar esse momento, seja através do andador, seja por meio de estímulos verbais e físicos, ela pode até vir a andar antes. Mas tanto a musculatura como a sua estrutura emocional podem não estar ainda tão maduras. Sendo assim, algumas quedas e tombos poderão deixá-la insegura para futuras explorações. É extremamente importante respeitar a faixa etária da criança sem se preocupar se está cedo ou tarde para ela andar, afinal crescer e se desenvolver tem que ser um processo extremamente natural”, alerta Fernanda.

Dicas de estímulos
Do zero aos quatro meses
O processo de estímulo na criança pode acontecer assim que ela sai da maternidade, com brinquedos coloridos e sonoros, afirma a fisioterapeuta. “Os pais podem colocar a criança de barriga para baixo para elas começarem a ter o controle da cabeça. Isso é primordial no desenvolvimento”, diz a médica. O sentar e o andar só são possíveis se o bebê tiver total controle do pescoço, explica Fernanda. “E isso sempre no limite da criança, com movimentos cautelosos”, ela acrescenta.
Dos cinco aos 10 meses
A partir dos cinco, seis meses, já é possível deixar a criança mais sentada. Essa aquisição motora tem que estar boa até por volta dos sete, oito meses, explica. “Porque é quando os pais podem começar a estimular o engatinhar. E é a partir daí que se pode colocar os brinquedos mais distantes para ela buscar”.
Completados os 10 meses, a especialista afirma que os pais já podem começar a deixar a criança em pé, sempre apoiada em um sofá, uma parede, por exemplo. Ela chama essa fase de “andar lateral”. Sentindo que o bebê está seguro desses pequenos passos, o adulto pode então investir em uma caminhada em que ele segura as duas mãos da criança, e depois com uma mão só. “Até que ela comece a ter segurança e livre o apoio e comece a andar sozinha”.
Aurora Aguiar

peruana que engravidou aos 4 anos de idade

uma peruana que engravidou aos 4 anos de idade

É Lina Medina, uma peruana que engravidou aos 4 anos de idade e teve seu primeiro filho aos 5, em 1939.
Lina Medina ainda grávida. Á esquerda, já com seu filho Gerardo e o médico homónimo.
Quando Tiburcio Medina percebeu o tamanho anormal da barriga de sua pequena filha, pensou que ela estava possuída pela cobra Apu, que segundo algumas crenças locais, invade a pessoa e vai crescendo em seu corpo até o seu hospedeiro morrer.
A menina foi mesmo invadida, mas não por esse tipo de cobra.
Depois de consultar os xamãs da região, a menina foi levada ao Hospital de Pisco, agora sob suspeita de um tumor abdominal.
A menina foi atendida pelo Dr. Gerardo Lozada, que custou a acreditar no diagnóstico que ele mesmo deu: a menina de 5 anos estava no sétimo mês de gestação.
O caso parecia (e é) tão absurdo, que o Dr. preferiu levar a menina até a capital do país, Lima, para que outros especialistas confirmassem a gravidez antes da cirurgia.
A cesariana aconteceu no dia 14 de maio de 1939, dia das mães no Peru. Lina Medina deu a luz a um menino de 2,7 kg que recebeu o nome de Gerardo, em homenagem ao Dr. que fez o parto.
Enfermeira entrega o filho a Lina Medina um dia após o parto.
Mas como é possível?
Desequilíbrio hormonal. Lina menstruou pela primeira vez aos 8 meses de idade, seus seios começaram a se desenvolver aos 4 anos “e aos 5, ela demonstrava alargamento pélvico e maturação óssea avançada”, diz o Dr. Edmundo Escormel, que escreveu sobre o caso no La Pesse Medicale. A equipe médica que atuou em sua cesariana pôde observar que apesar da idade, a menina tinha seu aparelho reprodutor totalmente maduro. Um caso extremamente raro de puberdade precoce.
Com base em biópsias, radiografias do esqueleto fetal enquanto ainda no útero e inúmeras provas fotográficas da época, a comunidade médica internacional aceita o caso dela como autêntico. Organizações como o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas também dão à história o seu selo de aprovação.
E quem é o pai do filho dela?
Até hoje não se sabe, já que Lina sempre se recusou a falar sobre o assunto. Seu pai chegou a ser preso acusado de incesto, mas foi liberado após alguns dias por falta de provas. Outro suspeito seria um irmão de Lina, que era deficiente mental.
O que aconteceu com o bebê?
Mesmo sendo mãe, Lina queria agir como qualquer menina de sua idade e preferia brincar ao cuidar do seu filho.
Gerardo foi criado por uma de suas tias e passou a infância acreditando ser irmão de sua mãe biológica. O garoto só descobriu a verdade quando tinha 10 anos, depois de ser ridicularizado na escola. Ele morreu aos 40 anos, vítima de uma doença na medula óssea que não tem relação alguma com o seu nascimento de uma mãe tão jovem.
E como ela está hoje?
Mesmo o seu caso sendo motivo de estudos medicinais no mundo todo, ela não recebe qualquer tipo de assistência do governo. Vários veículos de comunicação ao redor do mundo já lhe ofereceram dinheiro para ela revelar a identidade do pai do seu primeiro filho, mas ela recusa. Se casou com Raúl Jurado em 1972, com quem teve, no mesmo ano, um segundo filho. Lina Medina vive até hoje no Peru, em um dos bairros mais violentos e pobres do país, conhecido como “Paraíso dos Ladrões”.
Como sempre fugiu da imprensa e dos fotógrafos, a foto mais recente que se tem conhecimento é esta:

Lina Medina aos 32 anos, enquanto saia do escritório do Dr. Gerardo Lozada, de quem se tornou secretária.