esse é o desfecho natural da gravidez, muitas vezes deixado de lado por medo ou comodidade. Conheça as vantagens desse momento especial para a mãe e para o bebê.
Quando o bebê escolhe a hora de nascer
O índice de cesarianas no Brasil é um dos mais altos no mundo: 43%, segundo dados de 2008 do Ministério da Saúde, o triplo do que recomenda a Organização Mundial da Saúde.
Entre os fatores que elevam a taxa às alturas, os especialistas apontam, sobretudo, o medo que muitas gestantes têm de sentir dor e a comodidade de pais e obstetras de escolherem uma data para se planejar.
Imagine-se dormindo tranquilamente no seu quarto, seu ambiente mais seguro e, de repente, aparecem várias pessoas batendo pratos e com holofotes no seu rosto. Você vai acordar de bom humor?
A cesariana, de fato, salva muitas vidas, pois nem todo nascimento seria bem-sucedido de maneira natural, por limitações de saúde ou físicas da mãe, do bebê ou de ambos. Portanto, não se pode simplesmente taxá-la como má escolha, em defesa do parto normal.
Segundo o dr. Marco Antônio Lenci, obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), o melhor parto é aquele que preza pela segurança da mãe e do bebê e garante um final feliz para todos, independentemente de ser normal ou cesáreo.
Entretanto, o médico alerta para o fato de que a escolha pela cesariana eletiva, aquela com hora marcada, em geral atende aos interesses dos adultos, preocupados com as questões práticas da vida contemporânea. “É raro pensarem no bebê, em como será recebido”, avalia, brincando em seguida: “Imagine-se dormindo tranquilamente no seu quarto, seu ambiente mais seguro, e de repente aparecem várias pessoas batendo pratos e com holofotes no seu rosto. Você vai acordar de bom humor?”
O foco de pais e equipe médica, portanto, deve estar primordialmente na recepção ao pequeno. É preciso dar-lhe boas-vindas de uma forma suave, para que ele se sinta acolhido assim que colocar os pezinhos no mundo.
No centro obstétrico, o ambiente deve ser aconchegante, com luz baixa e menos ruídos, para favorecer um primeiro contato tranquilo entre a mãe e o bebê
O caminho para o sucesso desse momento tão especial está na chamada humanização do parto, que leva em conta aspectos biológicos, psicológicos e técnicos. Por isso, ao longo do pré-natal a gestante deve manter um diálogo franco com o obstetra, compartilhando dúvidas, receios, os prós e os contras das duas modalidades de dar à luz. “Já no centro obstétrico, o ambiente deve ser aconchegante, com luz baixa e menos ruídos, para favorecer um primeiro contato tranquilo entre a mãe e o bebê”, explica o dr. Máximo Akira Hanada, obstetra do Einstein.
Parto normal
Embora seja o desfecho natural da gravidez, é temido por muitas gestantes por conta da dor. Mas esse receio não faz mais sentido. “Hoje é possível dar à luz sem o sofrimento de décadas atrás, com a ajuda de analgésicos”, explica a Enfermeira Adriana Policastro, Obstetra e Coordenadora de Enfermagem da Maternidade e do Centro Obstétrico do Einstein.
E tem outras vantagens:
O bebê, ao passar pelo canal do parto, sofre compressão do tórax, o que elimina boa parte do líquido amniótico que traz nos pulmões, favorecendo a respiração.
Possibilita o aleitamento precoce, logo depois de o bebê nascer, para aumentar sua imunidade.
A recuperação é mais rápida e praticamente sem dor.
Parto cesáreo
Surgiu para salvar a vida da mãe e do bebê quando o parto normal não evoluía bem. Com o tempo, as técnicas se aprimoraram e hoje é um procedimento seguro, mas com indicações específicas, como descolamento prematuro da placenta e sofrimento fetal. No entanto, vantagens como a comodidade de escolher dia e hora do nascimento do bebê sobressaíram. “Hoje vemos muitas mães plenamente capazes de dar à luz por parto normal que acabam optando pela cesárea, por motivos pessoais”, afirma Adriana.
Alguns pontos que devem ser levados em consideração, nesse caso:
Risco maior de infecção e problemas com a anestesia, assim como em todo procedimento cirúrgico.
Bebê não recebe informações psicofísicas de que está para nascer, como as contrações durante o trabalho de parto. Pode ser uma experiência traumática.
A recuperação da mulher é mais lenta, pois o corte no abdome exige descanso para a cicatrização, além de causar dores.
ESTA POSTAGEM TEM OS CREDITOS PENTECENTES AO Hospital Israelita Albert Einstein
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