O ideal é esperar que a criança acorde sozinha, o que acontece de três em três horas nos primeiros meses de vida
Toda mãe de primeira viagem já se perguntou: “Será que devo acordar meu bebê durante a noite para amamentá-lo?”. Trata-se de uma insegurança muito comum entre pais e mães de primeira viagem, já que os recém-nascidos dormem bastante, entre 17 e 22 horas por dia.
“No primeiro mês de vida, o bebê dorme muito, mas não durante horas seguidas. Normalmente, ele acorda de três em três horas e, caso isso não ocorra, a mãe deve acordá-lo para amamentar”, explica Luciano Borges Santiago, pediatra e presidente do departamento científico de aleitamento materno da Sociedade Brasileira de Pediatria.
No entanto, a partir do segundo mês, quando a mãe está em um bom ritmo de amamentação, já não é mais necessário acordar a criança para isso, segundo o especialista. Caso o pediatra identifique alguma irregularidade no peso do bebê durante as consultas de rotina, certamente ele recomendará a interferência no sono e no ritmo da mamada noturna. “Dois fatores devem ser avaliados: a produção adequada do leite e o ganho de peso da criança. Caso contrário, só o médico poderá dizer o procedimento adequado”, ressalta o pediatra.
Até os três meses de idade, é recomendável que o bebê não fique muito tempo em jejum. Ele mesmo sinalizará o momento que sentir necessidade fisiológica de se alimentar. “O ideal é que, até os seis meses, a amamentação seja feita exclusivamente de leite materno, para garantir o fortalecimento do sistema imunológico da criança. O leite da mãe tem todos os nutrientes necessários para a prevenção de doenças e alergias e o próprio bebê estabelecerá o horário da mamada”, explica Fabiana Prata Carneiro, nutricionista de São Paulo, formada pelo Centro Universitário São Camilo e especializada em nutrição-clínica infantil. A Organização Mundial da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam a amamentação exclusiva até os seis meses de idade, podendo se estender até os dois anos ou mais, com complemento de uma alimentação saudável.
Há inúmeros casos de babás que acordam os bebês durante a noite para dar o leite materno na mamadeira. Para especislistas, isso é um problema: “Se a mãe pode amamentar, ela não deve tirar o leite para oferecê-lo na mamadeira. O vínculo emocional entre a mãe e o filho no momento da amamentação é muito forte e deve ser mantido”, comenta Fabiana. Quem não tem leite ou não pode amamentar deve procurar um pediatra que indicará o tipo de leite adequado para a criança.
Sono deve ser respeitado
Maria Clara Souza, mãe de Maria Júlia, de 11 meses, tinha dúvidas sobre amamentar a filha na madrugada e procurou o pediatra antes de tomar a decisão. “Fiquei bastante preocupada nessa época, porque a Maria Júlia dormia bastante e eu não queria deixá-la muito tempo sem mamar. Conversei com o médico, que me aconselhou a amamentá-la antes de eu dormir, entre 22h e 23h. Em algumas noites, ela chorava, mas eu não interrompia seu sono. A adaptação foi rápida e, com pouco mais de dois meses, ela acordava só às 5h”, lembra.
Embora alguns bebês consigam dormir a noite inteira já aos dois meses de idade, muitos só conseguem chegar a esse marco bem mais tarde. Até os quatro ou cinco meses, é aceitável que o bebê acorde durante a noite. A partir do sexto mês, ele deve começar a ter uma rotina de oito horas seguidas de sono.
Izabella Gonçalves, mãe de Luíza, de três anos, não demorou para ajustar os horários da filha aos seus. “Fui orientada pelo pediatra desde o começo a não acordá-la, por isso sempre esperei ela pedir o peito. Tinha dó de interromper seu sono quando era tão pequena. Aos poucos, ela foi parando de chorar até que dormia oito horas seguidas. Foi muito tranquilo”, diz.
Higiene bucal na madrugada
A maioria das mães faz a higiene bucal do bebê depois das refeições durante o dia e deixam de fazer no período noturno. Esse costume favorece o aparecimento da cárie, conhecida por cárie de mamadeira, comum até os dois anos de idade.
Esse tipo de problema está diretamente ligado ao fato de a criança adormecer tomando líquidos açucarados. “A higienização da boca da criança é importante para evitar cárie e outras contaminações de bactérias. Para isso, use aquela fraldinha básica umedecida e passe na gengiva e na língua do bebê”, recomenda a nutricionista.
Coletânea Editorial
Especial para o Terra
como lidar com enjoos na gravidez
A gestação é um fenômeno fisiológico em que o organismo da mulher sofre intensas alterações. Umas das consequências mais desagradáveis desse processo é o enjoo que as futuras mamães sentem geralmente pela manhã – 80% das gestantes têm náuseas especialmente no primeiro trimestre da gestação e melhoram por volta da 20ª semana. No entanto, alguns alimentos ajudam a aliviar o desconforto.
As nutricionistas de São Paulo Ana Cláudia Lourenção, formada pelo Centro Universitário São Camilo e pós-graduada em Nutrição pelo Instituto de Metabolismo e Nutrição (IMEN), e Carolina Medina, graduada na PUC-Campinas e especializada em nutrição clínica funcional, dão dicas pontuais do que a futura mamãe deve comer para se sentir melhor.
Espinafre, rúcula, brócolis, escarola, agrião, frutas cítricas e grãos integrais: esses alimentos são ricos em ácido fólico, uma vitamina do complexo B, que é um nutriente fundamental para as gestantes. Além de ajudar na formação do tubo neural e dos tecidos do embrião, ainda estimulam a formação dos ácidos digestivos, favorecendo o esvaziamento gástrico e auxiliando na diminuição dos enjoos.
Biscoitos salgados e torradas: o jejum prolongado é um dos fatores que provocam o enjôo, por isso é muito comum que as grávidas sintam náuseas pela manhã. Comer lentamente de um a dois biscoitos salgados ainda na cama ajuda a controlar essa sensação ruim.
Peixes, frango, ovos, cereais integrais, soja: a deficiência de vitamina B6 está relacionada a sintomas de náusea gestacional, por isso não deixe de ingerir alimentos que são fonte desse nutriente.
Banana nanica: a banana nanica é duplamente indicada por ser uma boa fonte de vitamina B6 e potássio. A vitamina B6 evita o enjoo; já o potássio controla os vômitos.
Bebidas frias e ácidas: tomar limonada sem açúcar ou acrescentar gotas de limão na água ou nos chás são ótimas maneiras da gestante se manter bem hidratada e ainda diminuir o enjoo. Outra dica é temperar alimentos com limão.
Abacaxi e caqui: além de aliviarem a ânsia, essas frutas são fontes de vitamina C, nutriente importante para o fortalecimento do sistema imunológico e da placenta.
Laranja-pera, tomate, vinagre de maçã: alimentos ácidos são bem tolerados, portanto, invista neles.
Gengibre: uma sugestão é fazer um chá ou cortá-lo em lascas para colocar na salada. Fazer um suco de abacaxi com gengibre também vale.
Arroz, macarrão, batata, pães: alimentos ricos em carboidratos são de fácil digestão e, por isso, ajudam a controlar o enjoo. Além disso, fornecem energia para a gestante. Prefira sempre as versões integrais, pois possuem mais fibras e nutrientes.
Iogurtes: a intolerância ao leite é muito comum na gestação e pode causar enjoo. Substituir o leite pelo iogurte ajuda a garantir o consumo de cálcio e a diminur as náuseas, pois ele é digerido pelo estômago mais facilmente. Prefira os iogurtes com probióticos, que também ajudam no bom funcionamento do intestino.
As nutricionistas de São Paulo Ana Cláudia Lourenção, formada pelo Centro Universitário São Camilo e pós-graduada em Nutrição pelo Instituto de Metabolismo e Nutrição (IMEN), e Carolina Medina, graduada na PUC-Campinas e especializada em nutrição clínica funcional, dão dicas pontuais do que a futura mamãe deve comer para se sentir melhor.
Espinafre, rúcula, brócolis, escarola, agrião, frutas cítricas e grãos integrais: esses alimentos são ricos em ácido fólico, uma vitamina do complexo B, que é um nutriente fundamental para as gestantes. Além de ajudar na formação do tubo neural e dos tecidos do embrião, ainda estimulam a formação dos ácidos digestivos, favorecendo o esvaziamento gástrico e auxiliando na diminuição dos enjoos.
Biscoitos salgados e torradas: o jejum prolongado é um dos fatores que provocam o enjôo, por isso é muito comum que as grávidas sintam náuseas pela manhã. Comer lentamente de um a dois biscoitos salgados ainda na cama ajuda a controlar essa sensação ruim.
Peixes, frango, ovos, cereais integrais, soja: a deficiência de vitamina B6 está relacionada a sintomas de náusea gestacional, por isso não deixe de ingerir alimentos que são fonte desse nutriente.
Banana nanica: a banana nanica é duplamente indicada por ser uma boa fonte de vitamina B6 e potássio. A vitamina B6 evita o enjoo; já o potássio controla os vômitos.
Bebidas frias e ácidas: tomar limonada sem açúcar ou acrescentar gotas de limão na água ou nos chás são ótimas maneiras da gestante se manter bem hidratada e ainda diminuir o enjoo. Outra dica é temperar alimentos com limão.
Abacaxi e caqui: além de aliviarem a ânsia, essas frutas são fontes de vitamina C, nutriente importante para o fortalecimento do sistema imunológico e da placenta.
Laranja-pera, tomate, vinagre de maçã: alimentos ácidos são bem tolerados, portanto, invista neles.
Gengibre: uma sugestão é fazer um chá ou cortá-lo em lascas para colocar na salada. Fazer um suco de abacaxi com gengibre também vale.
Arroz, macarrão, batata, pães: alimentos ricos em carboidratos são de fácil digestão e, por isso, ajudam a controlar o enjoo. Além disso, fornecem energia para a gestante. Prefira sempre as versões integrais, pois possuem mais fibras e nutrientes.
Iogurtes: a intolerância ao leite é muito comum na gestação e pode causar enjoo. Substituir o leite pelo iogurte ajuda a garantir o consumo de cálcio e a diminur as náuseas, pois ele é digerido pelo estômago mais facilmente. Prefira os iogurtes com probióticos, que também ajudam no bom funcionamento do intestino.
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