quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Editora-adjunta do BabyCenter Brasil

Carolina Schwartz

Editora-adjunta do BabyCenter Brasil

Dependendo do método que se usa para descobrir o sexo do bebê, pode até ser a partir de dois meses de gravidez, embora o mais comum seja saber com, mais ou menos, quatro meses. 

Em resumo, falando em termos de semanas (calcule aqui de quantas semanas você está, se não souber): 

• A partir de 8 semanas, com um caro exame de sangue de sexagem fetal 
• A partir de 10 semanas, com um também caro exame de urina de farmácia 
• A partir de 10 semanas, com exames genéticos e invasivos, que trazem certo risco ao bebê e só são recomendados se houver outros motivos 
• A partir de 13 semanas, pelo ultrassom, dependendo da perícia do ultrassonografista, da qualidade do aparelho e da posição do bebê, e mesmo assim com chance de erro de no mínimo 10% 
• A partir de 16 semanas, pelo ultrassom, com mais certeza, mas ainda dependendo da posição do bebê e da experiência do profissional (erros humanos acontecem) 

Às vezes é preciso um pouco de paciência para matar a curiosidade e finalmente contar para meio mundo se vem menino ou menina por aí e poder escolher o nome. Leia abaixo mais detalhes sobre cada tipo de exame e sobre o que não passa de lenda


Ultrassom

É a forma mais difundida de conhecer o sexo do bebê, além de ser a mais barata. A desvantagem é que, dependendo da posição em que o feto está na hora do exame, fica difícil visualizar justo aquela parte essencial… A experiência do médico, assim como a qualidade da máquina de ultrassonografia, também podem facilitar ou dificultar uma informação mais precisa. 

Geralmente só a partir do segundo trimestre, mais ou menos do quarto mês de gravidez em diante, é que é possível perceber através de ultrassons as sutis diferenças dos órgãos sexuais masculino e feminino nesta fase do desenvolvimento fetal

Nas ecografias de rotina da gestação, quando é realizada a translucência nucal, por volta da 13a semana, o obstetra muitas vezes consegue dar um palpite sobre o sexo. Mas lembre-se de que, a esta altura da gestação, trata-se mais de um chute e não há 100% de certeza, portanto não vale a pena começar a comprar um monte de roupinhas de cor específica. 

Com cerca de 20 semanas, os médicos costumam pedir uma ultrassonografia mais detalhada, conhecida como ultrassom morfológico, e aí já é bem mais garantido descobrir de fato o sexo do seu filho, pois os órgãos genitais já estão formados (só que, de novo, dependendo da posição do bebê, que tem que "colaborar" e estar com as perninhas abertas!). 

Outra possibilidade é pagar em qualquer momento da gestação por ultrassonografias em clínicas particulares, onde não é necessário pedido médico para fazer o exame. A princípio, não há contraindicações para a realização de ultrassons, porém não vá esquecer de que não adianta nada sair correndo para saber o sexo do bebê com 5 semanas de gravidez, porque a diferenciação dos órgãos sexuais ainda não aconteceu. 

Um truque para fazer o bebê se mexer na hora da ultra é levar alguma coisa doce para comer ou beber, como um chocolate ou suco de laranja, e guardar para usar dentro da sala de exame mesmo, se necessário. 


Exame de sangue de sexagem fetal

Existe um exame de sangue que detecta o sexo do bebê já a partir da oitava semana de gravidez (e não precisa de pedido médico). É um teste que só serve para isso, detectando a presença ou não de células com cromossomo Y (masculino) no sangue da mãe. A vantagem é que o exame para determinação do sexo fetal tem taxa de acerto de, mais ou menos, 99%; a desvantagem é que não é feito pela rede pública e nem coberto pelos convênios médicos, ou seja, você terá que pagar (e bem caro) do seu bolso para desvendar esse segredo da natureza. 

E tem também uma espera de cerca de cinco dias úteis para o resultado ficar pronto. 

No caso de mães esperando gêmeos ou mais, o teste só consegue responder se há meninos ou não há meninos, portanto não é muito exato. Se o resultado for que não há meninos, você saberá que só espera meninas. Mas, no caso de haver meninos, não dá para saber se há meninas também ou não. 


Exames genéticos invasivos

Outros exames em que o sexo é revelado são os genéticos, que são invasivos e só recomendados quando há suspeita de algum problema com o feto, pois existe um pequeno risco de aborto espontâneo, de 1%. São eles a biópsia do vilo corial, entre a 10a e a 12a semana de gestação, e a amniocentese, entre a 15a e a 18a semana. 

Como nesses exames há a análise do material genético do bebê, a certeza é de praticamente 100%. 


Teste de urina de farmácia

Sim, chegamos a um ponto em que um simples teste de urina em casa promete determinar se você está esperando um garotão ou uma mocinha. Trata-se de uma tecnologia relativamente nova no Brasil, mas já presente em outros países há mais tempo. 

A vantagem é a praticidade de fazer um exame sem precisar ir ao laboratório e ter acesso direto a uma fonte de informação. Por outro lado, há o problema do custo muito alto e de o produto poder não estar disponível em farmácias de todas as cidades. 

De acordo com o fabricante, o teste tem eficácia em torno de 90 por cento, pode ser feito a partir de 10 semanas e fica pronto em 10 minutos. O resultado não é confiável se a mulher estiver usando hormônios como a progesterona, e a eficácia também não é boa em caso de gêmeos ou mais. 


Simpatias e lendas

Você já ouviu alguém falar que barriga pontuda é sinal de menino e arredondada, de menina? Ou que o batimento cardíaco do feto acima de 140 batidas por minuto indica que você vai ter um bebê do sexo feminino? 

Existe ainda uma tabela chinesa que combina idade lunar com mês da concepção para chegar a uma conclusão sobre o sexo do bebê. 

O senão de tais lendas e simpatias é que elas não têm nenhum validação científica, mas, mesmo assim, criam expectativas fortes e podem levar a grandes frustrações se derem errado. 

Portanto, se você quer usar a sabedoria popular para se divertir tentando adivinhar o sexo do seu bebê, faça isso a qualquer tempo, mas tenha em mente que os resultados são bem mais do reino das apostas do que do das certezas. 

Você também pode usar nossa calculadora do sexo do bebê. É uma brincadeira, apesar de baseada em fatos científicos. Depois conte para a gente se a calculadora acertou ou não

Converse nos grupos dos bebês do mesmo mês para saber se grávidas na mesma fase que você já descobriram ou não o sexo. 

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http://brasil.babycenter.com/x4600017/quando-d%C3%A1-para-descobrir-o-sexo-do-beb%C3%AA#ixzz2tmMKMyBB

mitos da gestação

Mitos da gravidez

Basta a mulher engravidar para ouvir uma série de opiniões sobre esse período. Uma boa parte das opiniões são mitos que deixam as futuras mamães cheias de dúvidas, mas que não têm explicações científicas. Veja abaixo se os mitos mais comuns das gestações são verdadeiros ou falsos.

1) Formato da barriga indica o sexo do bebê.

Mito. Segundo a Dra. Rosa Maria Neme, doutora em ginecologia e obstetra do Einstein, não é verdade que barriga pontuda indica a chegada de um menino e a barriga mais arredondada uma menina. “O formato do corpo da mãe determina como será a barriga, se mais arredonda ou pontuda.” Simples assim.

2) Enjoar demais é sinal de rejeição ao filho.

Mito. O que determina o enjoo são a intensidade e a sensibilidade materna à progesterona, o hormônio da gravidez. “Mulheres mais sensíveis ao hormônio vão enjoar mais e durante um período maior do que o esperado, que são as primeiras semanas de gestação”, explica a médica. Ou seja, se você está mais mareada do que uma pessoa conhecida é porque seu corpo tolera menos o hormônio. Não tem nada a ver com o amor que você sente pelo bebê.

3) Dizem que enjoar demais no final da gestação significa que o bebê é cabeludo.

Puro mito. Aqui também vale a mesma explicação dada no item acima: o nível de tolerância da gestante ao hormônio da gravidez é que influencia na intensidade do enjoo. Além do limiar de tolerância, outro fator contribui para o enjoo no final da gestação. Com o crescimento do útero, o estômago fica comprimido e deslocado, fora do normal, o que acaba comprometendo a digestão, propiciando o enjoo e a azia. Ou seja, um bebê cabeludo pode nascer de uma mãe que não ficou nem um pouco mareada. Enquanto outra mãe pode dar à luz um bebê carequinha depois de passar a gestação inteira enjoadíssima.

4) É verdade que grávida precisa ter a vontade de comer algo respeitada caso contrário o bebê pode ter manchas na pele?

Não é verdade. É um mito sem explicação científica. A origem talvez esteja no conceito de que a grávida estaria liberada para comer qualquer coisa, na quantidade que deseja, e sem restrição do cardápio sob o risco de prejudicar o desenvolvimento da criança. Então, se uma criança nascer com uma mancha vermelha na pele em suposto formato de morango, com certeza, não é porque a mãe foi privada de comer a fruta durante a gestação.

5) Ter muitos pesadelos indica rejeição ao bebê.

Também é outro mito. A obstetra explica que, conforme a data do parto se aproxima, a ansiedade materna aumenta, deixando-a mais sensível inclusive durante o sono. “As gestantes sonham mais e com mais intensidade por causa da ansiedade pelo nascimento e todas as mudanças que irão ocorrer a partir de então. Não significa que ela não gosta do filho.”

6) Passar muito estresse na gestação deixa o bebê nervoso.

Outro mito. “O estresse pode estar ligado à maior ocorrência de contrações durante a gravidez”, diz Dra. Rosa. Isso pode acontecer porque ao passarmos por algo estressante o corpo libera uma descarga de adrenalina, que afeta todos os órgãos. “Dependendo do grau de estresse, a quantidade de adrenalina no corpo pode ser alta e provocar contrações que eventualmente podem levar ao trabalho de parto antecipado”, explica. Isso não significa que esse bebê será nervoso por causa da adrenalina.

7) Bebês nascidos de oito meses correm mais risco do que os sete meses.

Mito. Aliás, isso é impossível de acontecer. Quanto mais tempo um bebê fica na barriga, mais maturidade ele terá e, portanto, menos problemas ao nascer.

8) Mães com seios maiores terão mais leite.

Mito. A Dra. Rosa explica que o que determina a quantidade de leite não é o tamanho do seio, mas a quantidade de ductos mamários funcionantes neste período e a pega correta.

9) Mulheres de quadril largo são excelente parideiras.

Meia verdade. Segundo Dra Rosa, se a mulher tiver o osso da bacia largo, sim, as chances de ela ter um parto vaginal são maiores. “Mas é difícil diferenciar, a olho nu, a grávida de quadril largo daquela com bumbum grande”, diz a médica.

10) Sexo durante a gravidez faz mal e pode antecipar o parto.

Mito. A Dra Rosa Neme explica que a origem desse mito pode estar no fato de uma substância presente no sêmen poder, às vezes, causar uma discreta cólica, que acaba sendo confundida com contração do trabalho de parto. O sexo durante a gestação não faz mal. Nem desencadeia o trabalho de parto prematuro.

11) Grávida só pode dormir do lado esquerdo.

Meia verdade. “As gestantes podem dormir do jeito que se sentirem melhores. Indicamos dormir mais do lado esquerdo para evitar a compressão da veia cava, que fica logo atrás do útero, no lado direito da mulher. A compressão pode provocar falta de ar e queda de pressão”, esclarece a médica. Essa recomendação é dada principalmente no final da gravidez, quando a barriga está grande e pesada. Antes desse período, qualquer posição para dormir é aceitável.

12) Tomar canjica e cerveja preta aumenta a produção do leite.

Mito. A produção do leite está relacionada com a quantidade de ductos mamários, a uma pega eficiente e à estimulação feita pelo bebê. A ingestão de líquidos é importante para repor a perda durante a amamentação. Então, melhor que a gestante beba água pura, sempre. Canjica é muito calórica e cerveja tem álcool que pode chegar ao leite.

13) Gengiva de grávida sangra mais.

Verdade. Isso ocorre pelo aumento da vascularização durante a gestação, provocada pelos hormônios da gravidez, especialmente a progesterona.