segunda-feira, 8 de dezembro de 2014


pra quem engravidar de menina ou menino saiba como

Menino ou menina?


O dia da fecundação contribui para definir o sexo do bebê? Saiba mais!
por Redação Bebê
Escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho. Dizem por aí que ninguém deveria deixar de passar por esses três momentos na vida. Pois bem, se seus planos futuros incluem a maternidade você certamente já parou para pensar no sexo do bebê (isso sem falar naquela extensa lista de possibilidades de nomes), certo?
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Mas será possível escolher o sexo do seu filho? Segundo a dra. Carolina Ynterian, bioquímica especializada em biologia molecular, tal proeza já pode acontecer. "O espermatozóide masculino tende a andar mais depressa conseguindo alcançar o óvulo mais rapidamente, portanto se a mulher quiser engravidar de um menino o correto é ter relações sexuais no dia em que está ovulando. Isso porque o espermatozóide masculino apesar de mais rápido tem uma vida mais curta, portanto para chegar até o óvulo é necessário que este esteja o mais perto possível", explica a médica.
Segundo o ginecologista e obstetra Paulo Gallo, na prática, descobrir o dia da ovulação não é tão fácil assim
Se a ideia é gerar uma princesinha, segundo Carolina, o correto é ter relações sexuais algum tempo antes da ovulação. "Assim o espermatozóide feminino, que é mais lento e mais resistente, sobrevive e chega até o óvulo, diferente do que acontecerá com o espermatozóide masculino que morrerá antes de chegar ao óvulo", conta ela.
Ok, mas como saber exatamente o dia da ovulação? Uma novidade recém chegada ao mercado é o Confirme Fertilidade, da Analitic. O teste (tipo aqueles de gravidez, sabe?) detecta na urina o aumento do hormônio LH (luteinizante), sinalizando o período de ovulação feminino, com 99% de precisão sobre o período fértil - garante o fabricante. Uma tira deve ser colocada verticalmente dentro do recipiente em que foi coletada a urina, durante pelo menos cinco segundos. Cinco minutos depois o resultado deve surgir. O teste é vendido em farmácias e drogarias de todo Brasil e também pela internet.
Segundo o ginecologista e obstetra Paulo Gallo, na prática, descobrir o dia da ovulação não é tão fácil assim. "Teoricamente, a chance de nascer um menino é realmente maior se a relação sexual acontecer no dia da ovulação, mas isso não é 100% certo. Essa teoria é empírica, não há nenhuma comprovação científica que a valide até porque esses novos testes não apontam com certeza absoluta a data certa da ovulação da mulher", explica ele.
Sonhar não custa nada... É delicioso fazer nossos sonhos virarem realidade. Então, boa sorte! O que é certo, certo mesmo, é que você tem 50% de chances de acertar!
Maiores informações sobre o teste no site: www.confirme.com.br
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Andador pode prejudicar o desenvolvimento do bebê

por Melina Souza
Por Dr. Roberto Cooper*
Do Bolsa de Bebê
Poderia fazer a matéria mais curta da história, respondendo apenas: NUNCA! No entanto, tenho a certeza de que todos gostariam de um pouco mais de informações, para uma posição tão categórica quanta esta que assumi. Principalmente, se considerarmos, que me alinho com os pediatras “soft”. Isto é, pertenço ao grupo de pediatras que estimula os pais a ousarem e costumo ser um crítico de regras pré-estabelecidas para ajudar os pais na saúde e educação dos filhos. Então, de onde vem essa negativa tão enfática, para o uso de andadores?
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Risco de acidentes domésticos aumenta nas férias
Desde 2007 a venda, importação ou propaganda de andadores está proibida no Canadá. Um país de economia liberal que proíbe a comercialização de um produto, não o faria se não tivesse evidências que suportassem tal medida.
Um dos motivos pelos quais os pais acham interessante o uso do andador é porque ele (o andador) daria maior segurança para as crianças, evitando tombos ou quedas. Um estudo sueco mostrou exatamente o contrário. A primeira causa de traumatismo craniano em crianças menores de quatro anos de idade foi queda ou tombo de um andador. A grande maioria destas quedas foi em escadas, degraus, ou desníveis. A segunda causa de traumatismo craniano  nesta pesquisa sueca, foi acidentes no play com brinquedos (queda ou trauma direto). Portanto, o argumento de que o andador é seguro não é uma verdade inquestionável.
Outro motivo pelo qual os pais acham o andador interessante é porque aumenta a mobilidade da criança. É verdade que aumenta, e muito, a mobilidade. No entanto, ao aumentar a mobilidade de uma criança que ainda não tem noção do que é perigoso ou não, aumentamos a exposição desta a perigos. O andador é um veículo que pode atingir a velocidade de 1m/s. Nesta velocidade, além de colisões em móveis, quinas de mesa etc. a criança pode alcançar, muito rapidamente e sem que os pais percebam lugares da casa onde peguem objetos cortantes, perfurantes, vasos, porta-retratos ou consigam puxar fios, telefones, lâmpadas, com potencial de produzir acidentes muito maior do que se a criança estivesse se deslocando pelos seus próprios meios.
Um argumento muito comum para a utilização do andador é que este facilitaria o desenvolvimento da criança. É justo o oposto. Ainda que a diferença seja pequena, crianças que utilizam o andador apresentam um discreto atraso no seu desenvolvimento motor, quando comparadas com as que não usaram andador.
Muitos pais acreditam que o andador é uma ótima forma da criança se exercitar. De fato, ela ganha mobilidade, como vimos acima, mas o esforço físico, o trabalho muscular e o consumo de energia é muito menor no andador do que quando a criança se desloca somente usando a sua musculatura. Portanto, a criança no andador faz menos exercício do que uma criança que engatinha e tenta se levantar, por exemplo.
Finalmente, alguns pais dizem que gostam de ver seus filhos no andador porque ficam muito felizes, sorrindo o tempo todo. Ora, uma criança pequena, sorri para quase qualquer coisa que se faça com ela. Basta ficar na frente dela e fazer duas ou três caretas, emitindo alguns sons, ou mostrar coisas coloridas, ou fazer qualquer coisa que chame a atenção da criança que esta irá sorrir. Se ela só sorrisse no andador, poderíamos fazer essa associação, mas como ela sorri para quase tudo...
Espero ter mostrado com algumas evidências que não há lugar para o andador, na vida dos bebês. Espero também que não me classifiquem como um pediatra “linha dura”. Deixem-me  no grupo dos “pediatras soft”, apenas um pouco mais enfático quando existem argumentos sólidos, com relação a algo, como, neste caso, o andador. Divirtam-se com seus filhotes engatinhando pela casa, tentando ficar de pé na beira dos sofás e cadeiras e, finalmente, cambaleando, caindo no bumbum, levantando e andando!
*Dr. Roberto Cooper é médico formado pela UFRJ em 1976
Residente de Pediatria do Hospital da Lagoa- 1976/1977
Título de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria
Médico do Instituto Fernandes Figueira- FIOCRUZ
Consultor da OMS até 1985