terça-feira, 27 de setembro de 2011


Grávida, eu?
A primeira gravidez é cercada de novidades e anseios que mobilizam a futura mamãe e família na espera do bebê.


Sentimentos de dúvidas, medos, anseios e de felicidade são as palavras-chaves do que acontece com a mulher assim que ela confirma sua gravidez. E se for a primeira então, tudo isso vem em dobro. Afinal, o instinto de mãe da mulher é aflorado desde muito cedo, quando ela ainda brinca de bonecas, de casinha e vai construindo para si um mundo em que pensa viver um dia.


De repente, ver que todo aquele sonho está se tornando real, faz com que mulheres do mundo inteiro se confundam com as novas sensações e acabem encarando a primeira gravidez como uma situação que mescla momentos de tensão e euforia.


Porém, não há nada mais normal do que estas oscilações de humor. O início de uma gestação pode trazer situações diferenciadas para cada mulher, mas ficar sensível e se emocionar com facilidade são características marcantes de uma gestante inicial.


Assim que confirma a gravidez, a futura mamãe deve procurar o seu médico imediatamente para fazer os exames de rotina e descobrir se está tudo bem com sua saúde e a do bebê. Caso a gestante não tenha um médico ginecologista que costuma freqüentar, é importante conversar com pessoas que tenham um e colher informações para escolher o profissional que a acompanhará durante os nove meses, inclusive no momento do parto. “Indicação de amigas que já conhecem o trabalho do médico e sua formação é a melhor alternativa para quem ainda não tem seu médico de confiança”, diz o ginecologista do Hospital Santa Helena, Dr. Mauro Eduardo Wallauer de Mattos.


Segundo o médico, é importante que paciente e profissional estabeleçam uma relação de confiança durante este período para que todos se sintam seguros e confortáveis com as novas mudanças que estão acontecendo.


E por falar em mudanças, qual mulher não se preocupa com as transformações que seu corpo terá durante os próximos nove meses? “Todos os dias eu me olhava no espelho e achava que estava diferente de ontem. Parece que sempre que eu me via, encontrava uma coisa nova”, diz a dentista Amanda Carvalho, mãe do pequeno Gabriel, de 8 meses. E ela não está errada. Embora as transformações sejam pequenas nos primeiros três meses de gestação, já é possível perceber um volume maior nas mamas e uma lubrificação vaginal mais acentuada.


Entre a 20ª e 24ª semana de gestação outras mudanças começam a acontecer na vida da mulher. Isso porque, neste período, quase sempre já se pode descobrir o sexo da criança e também é quando a mamãe começa a sentir ela se mexer.


Durante todos esses meses é imprescindível que a mulher esteja sendo assistida de perto por um médico. “Durante o pré-natal são recomendadas, no mínimo, seis consultas por gravidez, que durante este período começam mensais, depois ficam quinzenais e, na reta final para o parto, são semanais”, explica Dr. Mattos.


Muitas mulheres costumam reclamar que sentem cólicas menstruais durante a gravidez e, por vezes, se preocupam com o risco que esta situação pode causar. É preciso comentar estas dores com o médico, mas não há porque se preocupar, pois muitas vezes estas dores são relacionadas ao funcionamento intestinal e nada têm a ver com a criança. “Durante a gestação, a mobilidade intestinal diminui bastante, tendendo a uma maior formação de gases que geram as dores das cólicas intestinais e que muitas vezes são confundidas com as menstruais”, esclarece o ginecologista.


Náuseas e desejos de comer doce também são sensações extremamente comuns à grávida, já que nestes nove meses os hormônios femininos trabalham a mil. Segundo o Dr. Mattos, a mulher só deve realmente se preocupar quando sentir dores muito fortes na barriga e quando houver sangramento. “Às vezes o sangramento é um sinal de alerta e nem há nada de muito complicado a ser resolvido. Mas sempre que ele aparecer, o médico deverá ser avisado imediatamente”, diz.


Tendo todas estas considerações em vista, resta à futura mamãe curtir cada minuto deste momento mágico que é esperar um filho. Arrumar suas roupinhas, cuidar do seu visual, visitar o médico regularmente e contar com o imprescindível apoio psicológico da família, só tendem a fazer muito bem e tornar cada vez mais este conto de fadas em realidade.


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